sábado, 8 de outubro de 2016

Considerações sobre o assembleiano e a deveres civis

Nunca como antes precisamos aprender a viver com a realidade de Cristo em nossas vidas. Entendemos que enquanto estamos na Terra temos responsabilidades espirituais e terrenas que são vontade de Deus que tratemos com santidade e responsabilidade.
Vamos fazer algumas considerações sobre o assembleiano e os deveres civis.



Considerações histórica da reforma religiosa e política


Devemos lembrar que desde a institucionalização da Igreja Cristã como religião oficial romana ocorreram desvios bíblicos relatados na história para nossa aprendizagem para não se repetirem.

O primeiro desvio bíblico significativo foi a união do Estado com a Igreja, sendo que a utilização da hermenêutica de que Deus escolheu o imperador romano como governante supremo, contudo, a igreja escolhe ou legitima o imperador. Esse erro chega ao apogeu na idade média com o império dos papas com muitas atrocidade e desvios bíblicos.



No século XIV a reforma religiosa iniciada por Lutero na Alemanha e Calvino nos países baixos defendeu primeiramente o a hermenêutica reforma em que a Bíblia poderia ser interpretada fora da clero católico e papal. Desta forma, operou mudanças relevantes: 
a) a leitura e a interpretação bíblica em língua materna; 
b) a independência do poder Católico Romano; 
c) a institucionalização do culto e da igreja fora do catolicismo romano.




Isso implicou em mudanças políticas e sociais. Tais como: 
a) o incentivo a leitura da Bíblia, e assim a políticas de alfabetização para a população; 
b) nova discussão sobre a organização do Estado crendo na Bíblia em que não se repetisse mais a opressão de forças religiosas e do Estado sobre o povo.

Assim, as primeiras tradições bíblicas reformadas foram alicerçadas. Entre elas, a tradição Arminiana que fundamenta a fé assembleia. Em que possui as seguintes premissas:
  • a eleição (e condenação no dia do julgamento) foi condicionada pela fé racional ou não-fé do homem;
  • a expiação, embora qualitativamente suficiente à todos os homens, só é eficaz ao homem de fé;
  • sem o auxílio do Espírito Santo, nenhuma pessoa é capaz de responder à vontade de Deus;
  • a graça é resistível; e
  • os crentes são capazes de resistir ao pecado, mas não estão fora da possibilidade de cair da graça.


Desta forma, vamos ressaltar algumas pontos doutrinários arminianos: a depravação é total (toda raça humana); a expiação destina-se a todos (Jesus morreu por todos); a morte de Jesus satisfaz a justiça de Deus (obra é completa); a graça é resistível (a pessoa pode decidir em não ser salva); o homem tem o livre arbítrio para responder ou resistir; a eleição é condicional (a fé para salvar, não há predestinação calvinista); Deus destina os eleitos a um futuro glorioso; a justiça de Cristo é imputada no crente; a segurança eterna é também condicional (a pessoa pode se afastar da salvação).

As implicações históricas são o afastamento da fé católica romana, pensamento com livre arbítrio ou livre pensamento para fazer escolhas, a responsabilidade diante de Deus nas atitudes e ações em todas as esferas da vida, a vida do eleito deve ser de santidade e piedade a um Deus santo e a necessidade de anunciação da Palavra da Salvação.

Considerações bíblicas


Em relação a base arminiana que tem-se buscamos enfatizar sobre o homem possuir o livre arbítrio, e assim a assessão de possuir responsabilidade pelos seus atos, em especial, na sua consciência na operação de suas ações.

A Bíblia informar em Gênesis 3, na queda do homem que o mesmo comeria do suor do seu rosto e a mulher seria sujeita ao homem e teria dores de parto, e ambos morreriam por causa do pecado. Percebe-se algumas implicações instituídas: o trabalho para a construção, a autoridade delegada, a morte pelo pecado (castigo pelo erro), e durante a história do Gênese se desenvolve todo um contexto sobre a relação de Deus e os homens.




Quando questionado Jesus sobre o pagamento de imposto, Jesus reponde: “Dê a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mateus 22.21). Deixando clara diferenciação e independência de esferas, o que é obrigação religiosa e espiritual, e obrigação civil e terrena. Não podemos ter responsabilidade diante das coisas espirituais e deixar de lado as coisas terrenas e civis. (Lc 16.10-12).

Em Romanos 13 ensina que toda autoridade é instituída por Deus para o bem e para punir o transgressor. Não deve ser temida, mas respeitada e obedecida, que termos louvor das mesmas.
Em 1 Pedro diz “Tratem a todos com o devido respeito: amem os irmãos, temam a Deus e honrem o rei”.


Considerações de liberdade e responsabilidade





Portanto, temos algumas premissas para refletir nas nossas atividades civis:
  1. Temos o livre arbítrio, logo temos a liberdade de pensamento, e assim, devemos pensar escrupulosamente e com responsabilidade naquilo que Deus nos direciona;
  2. Somos responsáveis pelas nossas decisões em todo tempo, com consciência, e assim não podemos tomas atitudes sem pensar em como responder diante de Deus pelas nossas ações;
  3. Deus nos ensina a administrar bem as riquezas mundanas e terrenas, e assim é um sinal de fidelidade, e assim também seremos fieis nas coisas espirituais;
  4. Temos obedecer as autoridades e honrá-las e viver em tranquilidade e não ser omissos nas obrigações civis.

Considerações sobre o abuso de autoridades


Nada obstante a isso, devemos lembrar que a fonte de toda autoridade é o Senhor:
Provérbios 8.15 diz “Por mim reinam os reis e os príncipes decretam justiça”.
Daniel 2.47 diz “Não há dúvida de que o seu Deus é o Deus dos deuses, o Senhor dos reis [...]”.
Atos 4.19 diz “Julguem os senhores mesmos se é justo aos olhos de Deus obedecer aos senhores e não a Deus.”

Quando ocorre situações que autoridade induzem ou ordenam coisas de quaisquer natureza que vão contra a direção de Deus, tais como: blasfemar ou negar a Jesus como Senhor e Salvador, não permitir adorar, ou não permitir a expressão do senhorio de Jesus, a desobediência civil é permitida, pois está ferindo a autoridade de Deus na vida do crente.
Por isso, muito cristão foram mortos por imperadores romanos e outros perseguidos.



No geral, vivemos em um país livre, em que não podemos somente viver de forma responsável os direitos do reino do Céus, mas também o da terra. Buscar fazer o pedido do Pai Nosso: “Seja feito aqui na Terra como é nos Céus”! Quem faz isso somos nós por meio de atitudes, ações, responsabilidade e nos posicionando na sociedade em amor e santidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário