terça-feira, 28 de agosto de 2018

O governo deve impor a religião? (Noções)

Neste ano eleitoral ocorreu muitas indagações sobre a conduta do assembleiano para com a política, com os políticos, sobre votação, sobre conversar sobre política, e sobre irmãos candidatos presentes no pleito disputando votos.

Esta situação vimos diversos discursos negativos, tais como: religião e política não devem ser misturados ... , quem entra na política se contamina com o pecado ... , no momento quem entra na política virá um ímpio ..., não pode-se falar de política na igreja ..., o crente não serve para essas coisas ..., o reino de Deus não é desta terra, o que o crente não deve gastar energia com o que não é Deus ..., etc.


Há outros discursos positivos também: se o justo não se manisfestar contra as trevas o injusto governará ..., na Bíblia há servos de Deus na política, como José no Egito e Daniel na Babilônia, isso indica que Deus usa crentes na política, devemos escolher alguém do nosso meio para zelar pelas coisas de Deus nas esferas de poder ..., etc.

Com base no texto de Grudem (2014; 2016) vamos fazer algumas considerações sobre o envolvimento do cristão e a política.


Deve-se fazer uma demarcação para as coisas tratadas aqui: a) a hermenêutica é cristocêntrica; b) os exemplos do Antigo Testamento não tem validade de lei obrigatória aos gentil conforme Atos 15 (Concílio de Jerusalém), desta form pode ser consultada como princípios ou orientação optativa; c) temos orientação arminiana em que o crente possui o livre-arbítrio e pode resistir a graça, e Deus na soberania respeita a vontade humana.

Um governo civil de forma equivocada pode impor a apoiar uma determinada religião?


É trágico, mas no passado e presente temos muitos exemplos dessa situação. Tais como: 

a) Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) entre católicos e protestantes como muitas mortes para ambos os lados; 
b) Guerras religiosas na Europa nos séculos 16 e 17 entre católicos e protestantes; 
c) Arabia Saudita impõe o Islamismo as pessoas e proíbe outros cultos e a conversão a outra religião, sentenciando até mesmo com morte, confisco e outras represarias, como ocorre com o avanço do grupo terrorista Estado Islâmico; 
d) Coreá do Norte com regime comunista de natureza materialista ateia, proíbe a religião e a expressão religiosa. Entre outros exemplo.


Este último exemplo da Coreá, há a Coreá do Sul com regime político e econômico democrático e capitalista, e possui uma das maiores da igreja evangélica do mundo, e vivendo um avivamento que é testemunhado por vários líderes mundiais. Sendo que ambas as "Coreás" possuem a separação a menos de 60 anos de regime político, e possuindo em comum a mesma história, raiz cultural e laços familiares.

Logo, não há como o governo impor a religião e nem proibi-la, mesmo a cristã ou qualquer outra. Salva guardo que dentre os valores da nação não fira o direito a vida, a liberdade e a consciência. Pois, há "interpretes" de religiões como vimos a cima que matam caso sejam desobedecidos.